terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Patrimônio Ameaçado

Através da Dani, grande amiga e arquiteta que se mudou para Belo Horizonte, fiquei familiarizada com a tragédia que está se encaminhando por lá. Explico: a Praça da Liberdade, marco histórico da fundação da capital mineira, está sendo alvo de destruição do poder público estadual. Através de "concursos", querem transformar esse espaço no "Circuito Praça da Liberdade", arruinando esse conjunto histórico tombado, além de transferir toda a máquina pública existente no local para uma área de preservação arqueológica pré-histórica.

Os artigos de Benedito Tadeu de Oliveira (arquiteto) e Myriam Bahia Lopes esclarecem os fatos e argumentam porque não deve-se levar esse projeto adiante como está.

Fico preocupada que isso esteja acontecendo em Minas Gerais, tomada como exemplo brasileiro de preservação da memória. Isso só mostra o forte descompasso entre administradores (políticos partidários) e os reais interesses da população.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Versailles em toda a sua imponência


Aqui, fotos da visita.

Chocolate de verdade

Esse chocolate tem 99% de borra de cacau, ou seja, chocolate puro! Vem até com dicas de degustação e gráficos de sabores. Como não tem nada de açucar, esse chocolate é feito pra deixar derreter na boca. Eu achei muuuiiito forte, mas fiquei impressionada como tem sabores puros por aqui. O Walter gosta e tá consumindo devagarinho...

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Mais fotos de Barcelona

Aqui e aqui tem o resto das fotos de Barcelona.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Park Güell

Gaudí queria que esse projeto de uma cidade-jardim inglesa se transformasse em um agradável condomínio fechado. Não sei ainda porque cargas d'água o empreendimento não deu certo. Hoje, é um parque.

O passeio até lá começou no metrô L3 até a estação Vallcarca e, depois, seguindo setinhas até uma das entradas secundárias mais altas do parque. Logo avistamos o mirante das 3 cruzes, cuja vista é simplesmente incrível. Descemos dali e fomos seguindo as plaquinhas que indicavam a área "monumental" e, depois de agumas descidas e pequenas subidas, achamos uma floresta de colunas que sustentam uma via de pedestres/veículos. São pedras brutas dispostas de uma forma leve que imitam árvores e suas copas frondosas. Em cima, nas laterais do caminho calçado, o guarda-corpo também é feito dessas mesmas pedras e formam um conjunto ondulado que, de vez em quando, é interrompido por namoradeiras e pedestais com plantas.

Dali, avistamos o grande terraço com o extenso banco ondulado de concreto e cerâmica, mas antes subimos até uma casa de "estilo mediterrâneo" que devia ser de um dos seguidores de Gaudí (vi isso no guia). Depois descemos até lá, compramos uma coca-cola cara e sentamos no sol pra lagartear.

O banco é muito confortável e, segundo a história, Gaudí tirou as medidas de um obrero sentado pra depois projetar o banco com as cerâmicas e vidros coloridos. Ficamos ali um bom tempo. Resolvemos seguir caminho e, antes de descer uma rampa lateral, observamos meio de longe a casa do Gaudí, na qual morou 20 anos antes de se mudar para a obra da Sagrada Família. O fim da rampa é embaixo do grande banco ondulado, a Sala das 100 Colunas, as quais sustentam o terraço. Nesse ponto, chegamos na entrada oficial do que seria o condomínio, ou seja, fizemos um caminho ao contrário. Descemos a escada e tivemos a triste surpresa de ver o famoso lagarto vandalizado. Foi uma pena. Desce-se mais escadarias e, quando se chega no portão e olha-se pra o lado contrário, enxerga-se o conjunto imponente de curvas, cerâmica, cores e plantas. É muito bonito. Marcando a entrada, há duas construções bem características de Gaudí, assim como o próprio portão, cheio de folhas.

Saímos, nos encaminhamos para a estação Lesseps, também da L3, seguindo as setinhas e pudemos curtir de perto o bairro de Gràcia. É, simplesmente, muito agradável. Me senti quase em casa lá.
Fotos.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Temple Expiatori de la Sagrada Familia

É a segunda vez que a vemos, mas não dá pra não ficar de boca aberta. Dessa vez, chegamos pela Carrer Provença de frente para a fachada da Paixão. Não pude resistir e paguei os cinco euros pra entrar (carteira de estudante serve pra alguma coisa). Entrei pela Fachada da Paixão, que começou a ser contruída em 1954, 28 anos depois da morte de Gaudí. Acho melhor contar um pouco da história dela primeiro:

O arquiteto Francesc del Villar apresenta o primeiro projeto de três naves, sete capelas, a ábside e uma torre de 85m e, em 1882, o bispo Urquinaona assenta a pedra inaugural. Brigas acontecem, demitem del Villar e nomeiam Antoni Gaudí arquiteto do templo. Ele redesenha o projeto com cinco naves, um cruzeiro de três pontas e um conjunto de torres com 170m de altura no total. Terminada a ábside, em 1894, começa a construção da Fachada del Nascimiento e do claustro, atravessando a obra para o século XX. Em 1926, Gaudí morre atropelado, mas as obras somente param por completo em 1936, com a Guerra Civil Espanhola. Somente em 1940, as maquetes feitas por Gaudí são restauradas e as obras continuam embazadas nelas. Aliás, até hoje toda a construção do templo é baseada nas maquetes deixadas pelo arquiteto. Por causa dos recursos escassos, o crescimentos dos campanários foi lento, por isso Gaudí somente viu terminado o campanário de São Barnabé na fachada do nascimento. Em 1929, terminaram os campanários restantes e, em 1933, a Lanterna da Fé. Em 1954, começa a construção da fachada da paixão com a surpevisão de Quintana, Puig Boada y Bonet Garí e, hoje, está sendo concluída com a incorporação das esculturas de Josep M. Subirachs. Para o fututo, a fachada da Glória.

No dia que fui lá, a obra estava a todo vapor e podia-se ver as equipes trabalhando enquanto visitavam-se as partes prontas. Por causa disso, o trajeto estava restrito em torno da zona do cruzeiro, nos transeptos e na ábside, objeto da obra interna. Caminhando completamente encantada com a grandeza do projeto, cheguei nos elevadores que levam até o topo dos campanários. A descida é a pé e é simplesmente maravilhosa, com enquadramentos da cidade e da construção a cada janela. Cheguei no térreo novamente e segui para o museu, que é uma viagem à parte, porque engloba a vida do arquiteto completamento dedicado ao projeto. Alí, estão reunidos os desenhos, esculturas e maquetes de Gaudí e dos colaboradores que estão ajudando a concluir a obra. As maquetes deixadas pelo arquiteto são incansavelmente refeitas em diferentes escalas para não perder nada do encanto que ele havia imaginado. Há junto um extenso quadro de comparações das formas construídas por Gaudí e o objeto/animal/planta no qual ele se inspirou, além de uma cronologia de fotos desde o primeiro ano de construção. Saí novamente transtornada.
Fotos.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Mar Mediterrâneo

Como uma boa gaúcha da cidade, tive que molhar meus pés no mar...




Casa Batlló

A Casa Batlló é, na verdade, um edifício de apartamentos e salões no qual no segundo pavimento, a "planta noble", está a "casa" da família Batlló. O prédio foi construído em 1875 e o projeto é do arquiteto Emilio Sala Cortéz, mas em 1900, quando passou a ser propriedade de don José Batlló Casanovas, Gaudí foi encarregado da reforma geral do prédio. A reforma começou em 1904 e durou até 1908, sempre dirigida in loco por Gaudí.

Fizemos o passeio completo que inclui a "planta noble" e as "desvanes y chimeneas" e começa na entrada independente da residência da família Batlló. Imediatamente, percebe-se a genialidade de Gaudí: nenhum ângulo reto! Toda a arquitetura dele é baseada nas formas da natureza, principalmente, no mar. O vestíbulo dá a impressão de ser um submarino antigo daqueles filmes em preto-e-branco com paredes pintadas como escamas e a escada que parece a espinha dorsal de um animal pré-histórico.

Subimos a escada e entramos em uma sala logo em frente, a Sala Chimenea ou sala da lareira. Novamente, nenhum ângulo reto no ambiente. A própria lareira foi literalmente esculpida em cerâmica refratária com dois sofazinhos laterais, tudo um conjunto só. Aqui, o guia enfatiza novamente a importância que Gaudí dava à iluminação e ventilação naturais. Uma clarabóia na sala e almofadas das portas que podem ser abertas e permitir a passagem do ar. Segue-se para o Salón Principal da fachada do Passeig de Gràcia. É uma sala enorme com o teto em caracol que centrifuga o olhar para uma luminária central. Nas laterais, tem duas salas menores. A que liga a Sala Chimenea ao Salón Principal tem uma porta que, em todos os planos, é ondulada e cravada de vidros coloridos. Ela pode ser totalmente aberta e ampliar o Salón Principal para os bailes da família. Há em frente à grande janela dois pilares delgados e percebe-se o alinhamento estrutural do prédio. Nesse ponto da visita, o guia destaca a engenhosidade do arquiteto nas persianas verticais com contra-pesos e as maçanetas metálicas que encaixam perfeitamente nas mãos.

O caminho segue pela outra sala lateral e depois para um vestíbulo com um desnível de piso que tinha a função de capela. Segue-se por um corredor no qual, do lado direito, encontram-se as portas dos quartos e, do lado esquerdo, janelas com engenhos para a ventilação natural. Antes de entrar no Salón Comedor, passa-se por duas salas onde estavam a foto da família Batlló e o livro de visitas. O Salón Comedor, com grandes esquadrias com vidros coloridos e mais persianas para a ventilação, tem dois pilares bem em frente à porta que leva à "Terraza". Lá, um lugar amplo e fresco, ficam os topos de duas clarabóias intensamente decoradas com mosaicos e vidros azuis. Na parede do fundo, outro mosaico maravilhoso.

O passeio da "Planta Noble" acabava ali, mas ainda era possível visitar as "Desvanes y Chimeneas", os dois últimos andares do edifício. Subimos pelas "Escaleras y Patio de Luces". Esse poço de luz ajuda a iluminar e a cruzar a ventilação de todo o prédio, deixando-o claro e fresco. Esse espaço também teve atenção especial de Gaudí com cerâmicas azuis que intensificavam a cor à medida que chegava no topo do prédio, enganando o olhar e deixando o azul uniforme. Entramos em "los desvanes" por um longo corredor com arcos parabólicos que davam a impressão de estar dentro uma garganta de animal marinho. No caminho, salas que eram antigas lavanderias. Chega-se em uma escada caracol que leva a "las chimeneas" e tudo é decorado com as cerâmicas em mosaico colorido. No centro, a cobertura do "Patio de Luces". Na fachada do Passeig de Gràcia, o famoso coroamento ondulado e a cruz tridimensional que abriga a antiga caixa d'água do prédio. Volta-se a descer e continua a visita pelo "desvanes" até chegar na "Sala Vientre del Dragón" com a imagem de Antoni Gaudí no fim, agradecendo a admiração pelo seu trabalho. Voltamos ao pátio de luzes e descemos pelo elevador.
Saí de lá transtornada.
Fotos.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Falando de arquitetura...

... é o nome do blog do Prof. Arq. Edson Mahfuz e aqui tem um post que explica muito bem a relação arquiteto-cliente no Brasil.
Leiam e entederão.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Eu sei que estou lerda

Então, adianto esse vídeo do dia que embarcamos para Barcelona:


domingo, 11 de fevereiro de 2007

Vale, vale!

Voltamos de Barcelona. Aguardem.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Mais Fotos

Essas são da visita arquitetônica que tem todo domingo aqui na Cité Universitaire.

De noite na cidade...

Loja de fantasias... empregadas francesas...

Em um pub na Rue Mouffetard... Irlândes...

domingo, 4 de fevereiro de 2007

What European City Do You Belong In?


You Belong in Paris



You enjoy all that life has to offer, and you can appreciate the fine tastes and sites of Paris.

You're the perfect person to wander the streets of Paris aimlessly, enjoying architecture and a crepe.


Créditos.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Vamos para Barcelona!!!

Site oficial.

Ex-Favela Chic

Esse é o ex-Favela Chic, hoje, Berimbar... E a única coisa que me vem a cabeça são bananas piscantes.

Janta que só Paris pode oferecer pra você

Patrocinado por Dr. Ricardo Terra.



quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Objetivo do dia: Place Vendôme

O caminho foi quase todo a pé e começou com a subida pelo Boulevard Jourdan até a Place du 25 août 1944. Dobrei à direita na Avenue du General Leclerc até a Place Victor Basch e segui à direita na Avenue du Maine. No fundo, a "Tour Montparnasse". Interessante o 14eme: uma coleção de edifícios antigos e novos, todos seguindo o alinhamento e as alturas clássicas de Paris. No eixo da avenida, a torre bem mais alta do que as construções do entorno. Enfim, chego até lá e é uma confusão de carros, de pedestres, de pista de patinação no gelo, de filial das Galerias Lafayette e a Gare Montparnasse também. Atravessei o burburim e cheguei no Bd. de Montparnasse. Era pra continuar a pé, mas achei melhor ir de metrô até o outro lado do Sena.
Ali na estação Montparnasse-Bienvenüe, peguei a linha 12 até a estação Madeleine e saí bem na Place de la Madeleine com a Eglise de la Madeleine.
Esta igreja, dedicada a Maria Madalena, fica em uma das extremidades do círculo dos "Grands Boulevards" e faz contraponto arquitetônico com o Palais-Bourbon, sede da Assembléia Nacional (parlamento francês), do outro lado do Sena. A contrução da igreja iniciou em 1764, mas só foi consagrada em 1845. No intervalo, tiveram propostas de convertê-la em parlamento, banco e Templo de Glória para o exército de Napoleão. O exterior, de inspiração grega clássica, são colunatas coríntias com porta de bronze, mostrando os Dez Mandamentos. O interior é todo de mármore e dourado e, atrás do altar principal, há uma escultura "Maria Madalena Subindo aos Céus" de 1837.
Saí da igreja e lá estava ainda uma menina com véu muçulmano pedindo esmolas. Já estou perdendo as contas de quantas mulheres vestidas assim já vi pedindo dinheiro aqui em Paris.
Segui pelo Boulevard de la Madeleine, dobrei à direita na Rue des Capucines e, "voilà!", Place Vendôme! Ela é cercada por prédios que conferem o formato quadrado e são ocupados por grifes famosas e suas joalherias: Channel, Bvlgari, Dior e o Ritz. O piso é unifome e igual. O que separa pedestres de veículos são fradinhos prateados, uniformizando as cores e incentivando a baixa velocidade dos veículos. No centro, o obelisco que imita o tema do Obelisco de Trajano, mas com as batalhas e vitórias de Napoleão. No topo, o próprio.

Fotinhas.

La Défense

Para chegar até a La Défense tem duas maneiras: ou vai de RER A ou metrô linha 1. Os dois param no mesmo lugar. A diferença? No metrô não precisa pagar mais caro, já que lá já é Zona 3. Explico: o RER e o metrô são dois sistemas diferentes. O primeiro tem que passar o tíquete na máquina na entrada e na saída e o metrô, só na entrada. Isso porque o RER vai bem além da Zona 1 em todas as linhas.
Primeira impressão ao vivo: grande! É um complexo de prédios ao redor de uma praça seca. São hotéis, comércio, negócios, diversão, dia-a-dia e, claro, o Grand Arch. Ele faz o contraponto com o Arco do Triunfo e a ligação entre os dois é um grande eixo. Bom, ali, na base do Grand Arch, é uma praça seca com árvores artificiais estilizadas, espelhos d'água, esculturas... O nível do piso vai descendo gradualmente em degraus. Caminhando em direção ao Arco do Triunfo, os prédio vão mudando e aparecem prédios residenciais com o eixo urbanizado com uma praça mais tradicional com bancos, árvores de verdade e fontes. Tudo isso acaba em um grande espelho d'água com esculturas à la Miró e uma balaustrada de vidro para a freeway e trens. Bom, a idéia era chegar até o contraponto do Grand Arch. Descemos por uma rampa lateral que encaminhou para uma ponte que atravessa o Sena e, a seguir, se transforma na Avenue Charles de Gaulle. Essa região, depois da região da Défense, se chama Neuilly-Sur Seine e é bem marcada pela avenida, mistura de freeway com avenida local. No caminho, um busto de Eça de Queiroz. Até que enfim Port Maillot, começo de Paris (Zona 1). É então que avenida recebe outro nome e toma ares de boulevard, Bd. de la Grand Armée, e lá no fim o Arco do Triunfo.

Fotos.

Entendendo Paris

A cidade é divida em 20 "arrondissements" e estão distribuídos em espiral no sentido horário a partir do ponto central da cidade - 1eme "arrondissement". Cada "bairro" é gerido por um conselho de "arrondissement" com funcionamento semelhante à prefeitura, mas com poderes limitados.